quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Gula


Tranquilize-se. A gula é um pecado venial,ou seja,ninguém vai se importar muito se você cometer,a não ser seu fornecedor de roupas e sua balança.

AHHHHHHHH achou que era isso mesmo não foi? Afinal, quem perde se eu estiver alguns quilos a mais, a não ser eu mesmo? É por causa desse tipo de pensamento, que hoje, muitos não consideram GULA um pecado, e sim um distúrbio, uma fraqueza..., qualquer coisa, menos uma transgressão da palavra de Deus e do que Ele quer para nós.

É interessante observar que, embora já tenham passado mais de 15 séculos desde que os monges cristãos do Egito começaram a refletir sobre esse assunto, os sete pecados capitais continuam presentes na cultura ocidental; ainda que muitas vezes seja desprezado quanto aos riscos que oferecem para a alma humana e outras vezes se transformem em mera campanha de marketing para vender picolé, como nós já vimos.

Nossa sociedade tem bebido de uma taça misturada onde o bem e o mal não são distinguíveis, parece à mesma coisa. É como um saboroso suco de fruta misturado a gotas de um veneno letal e lento em seus efeitos. Morre-se devagar! E onde a gente fica nisso tudo? Como nos comportamos diante de tanta informação deturpada? Como podemos entender o pecado da gula? Muitas vezes, é a somatória de desajustes que limitam, tanto física como emocionalmente, o indivíduo. Orbitar sobre mesas e geladeiras fartas, gulodices e não resistir às suas tentações, se escondendo para comer e não se satisfazer nunca, independente da quantidade, pode parecer tudo menos que o indivíduo esteja no controle da situação.

Em Êxodo 16, temos um exemplo de prática da gula, quando Moisés diz ao povo que Deus irá mandar o Maná do céu em 16:16: “Esta é a ordem que ele deu: Cada um de vocês deverá juntar o que for necessário para comer, de acordo com o número de pessoas que houver na família, dois litros por pessoa”. No verso 20 lemos: “Mas, alguns não obedeceram à ordem de Moisés e guardaram uma parte daquele alimento, para o dia seguinte”. A gula é um desejo insaciável de sempre querer mais, sem que haja contentamento com o que já temos.
A gula está relacionada com a ansiedade. O que está por traz disso é uma necessidade de satisfação de algo, de realização pessoal. Geralmente, é representativo de uma vida que não sabe viver com contentamento. O apóstolo Paulo disse que aprendeu a se contentar com tudo. É isso mesmo: viver com contentamento necessita de uma aprendizagem. Contentamento não quer dizer acomodação. Quer dizer saber tirar o melhor proveito de cada circunstância e ser agradecido.

A gula é controlada pelo uso da virtude da Temperança. Temperança significa colocar limites, ter domínio próprio, uma das características do fruto do Espírito. Isso nos lembra que ninguém consegue ter domínio de si mesmo sozinho, a não ser quando se deixa ser guiado pelo Espírito Santo. É um engano pensar que você pode ter controle sobre toda a sua vida, seus desejos, seus impulsos. Você só consegue fazer isso quando permite que Deus esteja no controle de sua vida.

Postagem feita por Lutércia Sampaio.